
O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, afirmou que seu governo mantém contatos sigilosos com funcionários de alto nível da Venezuela para discutirem a “saída” de Nicolás Maduro, atual mandatário do país latino.
Com informações de El Nuevo Diario (Nicarágua).
“Como o presidente (Donal Trump) declarou em repetidas ocasiões, para colocar fim ao roubo dos recursos do povo venezuelano e sua contínua repressão, Maduro deve ir embora”, disse Bolton em sua conta no Twitter. “Os únicos assuntos discutidos por aqueles que estão buscando aproximação pelas costas de Maduro são a sua partida e eleições livres e justas”, completou.
As the President has repeatedly stated, to end the pilfering of the Venezuelan people’s resources and continued repression, Maduro must go. The only items discussed by those who are reaching out behind Maduro’s back are his departure and free and fair elections.
— John Bolton (@AmbJohnBolton) August 21, 2019
Maduro, que rompeu relações com o governo dos EUA em 23 de Janeiro, assim que Washington reconheceu o autoproclamado Juan Guaidó como presidente da Venezuela, afirmou na terça-feira (20/08) que altos funcionários de sua administração entraram em contato com o governo estadunidense para “buscar regular” o “conflito” entre os dois países, e que isso foi feito sob sua expressa autorização. “Há meses estamos em contato. Assim como tenho buscado o diálogo na Venezuela, tenho buscado uma forma para que o presidente Donald Trump escute a Venezuela de verdade”, disse em uma mensagem transmitida por rádio e televisão. Maduro suspendeu, no dia 07 de Agosto, negociações com a oposição mediadas pela Noruega, após uma nova leva de sanções dos EUA.
Rússia continua apoiando Maduro
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, reafirmou a posição de seu país de apoiar Maduro, durante um encontro com a vice-presidente do governo venezuelano, Delcy Rodríguez. Rodríguez lidera uma delegação que chegou a Moscou na segunda-feira (19/08) com o objetivo de fortalecer as relações bilaterais entre Rússia e Venezuela, como informou a imprensa russa. Qualificando como “extraordinária” sua reunião com Lavrov, Rodríguez publicou em sua conta no Twitter: “Rechaçamos qualquer forma de intervencionismo”.
Sostuvimos extraordinaria reunión con el Canciller dla Federación de Rusia Sergey Lavrov.Hemos abordado nuestra amplia y diversa cooperación bilateral así como la agenda internacional en defensa dla Carta de la ONU! Rusia y Venezuela rechazamos cualquier forma de intervencionismo pic.twitter.com/riU73eEIej
— Delcy Rodríguez (@DrodriguezVen) August 21, 2019
Assim como a Rússia, os governos da China, da Turquia, de Cuba, do México, da Bolívia, da Nicarágua e do Irã apoiam Maduro, ao passo que 24 países, incluindo os EUA, reconhecem Juan Guaidó como presidente interino.
Juan Guaidó veio a público na quarta-feira convocando manifestações para o próximo final-de-semana. Afirmou ainda que tem mantido diálogos com membros das forças armadas venezuelanas, incluindo aqueles que ainda são leais a Maduro.