
Os líderes do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, e os populistas do Movimento 5 Estrelas (M5S) decidiram fechar coalizão para evitar eleições antecipadas. Giuseppe Conte permanecerá como primeiro-ministro.
Após o pedido de demissão do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, no último dia 20/08, o presidente Sergio Mattarella deu início a negociações para a formação de um novo governo. Após sucessivas prorrogações das negociações para que os partidos consultassem suas bases, foi anunciado agora há pouco um entendimento e Conte será reconduzido ao cargo – evitando-se, assim, que um primeiro-ministro interino fosse nomeado e fossem convocadas eleições antecipadas.
Conte pediu demissão, de modo dramático, após Matteo Salvini, do partido nacionalista Liga, sugerir um voto de não-confiança contra o primeiro-ministro. Em regimes parlamentaristas, como é o caso da Itália, este tipo de medida legislativa leva à queda do chefe de governo e a novas eleições – situação em que Salvini teria vantagem, devido à recente popularidade em alta dele e de seu partido. O pedido de demissão de Conte se mostrou uma manobra política hábil para bloquear as intenções de Salvini.
A Itália deve realizar discussões sobre seu orçamento ao longo de todo o mês de setembro, o que deve contribuir para o clima de tensão no parlamento do país. O governo corre novo risco de cair caso o parlamento não aprove as contas.
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