
Com informações da consultoria Oxford Analytica.
O comércio de ópio do Afeganistão prosperou no caos e na ilegalidade das guerras nos últimos 40 anos. Drogas e conflitos se entrelaçaram e um impede uma solução para o outro. Os esforços internacionais dispendiosos para destruir os campos de papoulas reduziram o crescimento em algumas províncias sem reduzir o cultivo geral, que historicamente teve um melhor desempenho no sul do país, o coração do Talibã (embora as operações deles agora se estendam para o norte).
Os talibãs levantam fundos substanciais com drogas tributando os agricultores e o transporte, e não através do gerenciamento direto. As receitas sustentam a guerra e permitem que o Talibã veja a paz como possível, mas não essencial. Eles não se comprometeram a restringir o comércio no caso de um acordo mediado pelos EUA.
A imagem abaixo mostra que as áreas de cultivo de papoula e extração de ópio coincidem com áreas ocupadas pelo Talibã, embora não sejam idênticas.

Impactos
- Enquanto a comunidade internacional perde a esperança de restringir a produção, o Afeganistão continua sendo o principal fabricante mundial de heroína.
- O cultivo e processamento de ópio representam 30-50% do PIB e, em muitas áreas, a colheita é uma monocultura que afasta outras formas de agricultura.
- O tráfico de drogas não reconhece fronteiras e tem um efeito deletério na governança em áreas fora do controle do Taliban.
- No leste do Afeganistão, o grupo Estado Islâmico opera seu próprio sistema tributário sobre atividades legais e ilegais.