
Com informações do El País
Nesse domingo (10/11) os espanhóis foram às urnas para decidir a composição da XIV legislatura da Câmara dos Deputados. Os 350 assentos disponíveis serão ocupados por 16 partidos diferentes, a maior representação da história no Congresso espanhol. É a quarta eleição realizada em quatro anos.
A atual pluralidade se deve, em grande parte, ao sucesso das formações apresentadas em poucos distritos eleitorais e que facilitam a obtenção de ao menos um representante.
A fragmentação também vai dificultar a formação do governo porque o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que controla o executivo e obteve a maioria ontem, perdeu três cadeiras e ainda viu seus principais aliados diminuírem a representatividade na Câmara.
Por outro lado, a direita espanhola aumentou o número de cadeiras com seus principais partidos: o Partido Popular (PP) passou de 66 para 88 e o Vox foi de 24 para 52 em sete meses, quando foram realizadas as últimas eleições (em abril).
O líder do Podemos, Pablo Iglesias, que viu seu partido enfraquecer perdendo sete assentos, disse que fará uma coalizão para frear o crescimento da extrema-direita. “Se após as eleições de abril foi uma oportunidade histórica, agora é uma necessidade histórica. A única maneira de parar a extrema-direita”, disse ele.
Santiago Abascal, presidente do Vox, ficou eufórico com o crescimento partido em 2019. “Há apenas 11 meses, não tínhamos representação em nenhuma instituição, hoje somos a terceira força. Viva Espanha!”, exclamou.
A Espanha também viu uma diminuição na participação dos cidadãos no pleito. Se em abril foram contabilizados 26.361.051 votos, ontem foram contabilizados 24.365.851. As abstenções passaram de 8.437.153 para 10.506.203.
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