Ex-analista militar está hospitalizada após tentativa de suicídio na prisão

Com informações do The Verge.
O juiz Anthony Trega emitiu uma ordem de soltura para a ex-analista militar Chelsea Manning, que estava presa desde maio de 2019 por desacato após se negar a depor no grande júri responsável por investigar as ações do WikiLeaks.
Trega considerou que a presença de Manning diante do júri não era mais necessária e que “sua detenção não serve mais a qualquer propósito coercitivo”. De acordo com a decisão, ela deve pagar uma fiança de 256 mil dólares.
Manning tentou se matar na quarta-feira (11), na prisão no estado norte-americano de Virgínia, dois dias antes de uma audiência que avaliaria o relaxamento do cárcere.
Ela foi condenada em 2013 por espionagem, ao providenciar milhares de documentos governamentais ao WikiLeaks. Permaneceu 7 anos em prisão militar, até a pena de 35 anos ser comutada por Barack Obama em 2017. Neste período, tentou suicídio duas vezes por causa de longos períodos de solitária e fez uma greve de fome entre essas tentativas, em protesto contra a recusa ao tratamento de disforia de gênero.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, atualmente está preso na Inglaterra, recorrendo ao pedido de extradição feito pelos EUA, onde foi acusado em corte federal por violar o Espionage Act e por auxiliar Manning a acessar os computadores do Departamento de Defesa.