Trump e equipe em conferência. Fonte: Casa Branca
Depois de acusar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de “narcoterrorismo” e propor ao país um plano de “transição democrática” cujo pressuposto era a deposição do mandatário venezuelano, os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira, dia 1 de abril, o despacho de uma frota naval para a proximidade do território venezuelano com fins de combate ao narcotráfico. Trata-se de uma ordem dada por Trump com vistas a dobrar a presença militar na América Latina para enfrentar o tráfico de drogas no eixo entre o Oceano Pacífico e o Caribe, escopo que inclui a Venezuela.
A operação foi anunciada em uma coletiva de imprensa que Trump deu acompanhado do Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper. Sobre o plano, Trump declarou que conta com o apoio de 22 países e detalhou que a frota enviada é composta de navios de guerra, aviões e helicópteros para realizar a vigilância da região.
Por sua vez, Esper enfatizou que o foco da operação é o combate ao narcotráfico, considerando-a como um impedimento para que o tráfico de drogas chegue da América Latina para outros países, além dos Estados Unidos. “Temos os recursos financeiros e vamos seguir ampliando nossa capacidade com nossas nações aliadas”, pontuou Esper. Entretanto, afirmou que a operação visa também enfraquecer Maduro, cujo governo entende que “se baseia na ganância das drogas”. Esper também emendou sobre o assunto que “o povo venezuelano está sofrendo demais, os narcotraficantes estão aumentando suas atividades ilícitas, temos que evitar que essas drogas cheguem aos nossos litorais”.
A pressão norte-americana sobre a Venezuela também foi destacada pelo Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, que qualificou a operação antinarcóticos como a esperança de “limitar ainda mais os fundos que entram no regime de Maduro, provenientes do narcotráfico”. O’Brien também enfatizou que o governo de Donald Trump incrementou o apoio financeiro “para lutar contra o narcotráfico e o regime corrupto de Nicolás Maduro. Vamos seguir executando nossa política de pressão contra as atividades dos cartéis de drogas”.