
Com informações da Deutsche Welle e Banco Mundial
A América Latina e os países caribenhos sofrerão um grande baque no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, segundo relatório publicado nesse domingo (12/04) pelo Banco Mundial. O documento é uma atualização compilando dados mais recentes sobre o impacto da pandemia do coronavírus sobre essas regiões.
Para o Brasil, o impacto negativo deve registrar uma retração de -5%, que significaria um recorde histórico, já que o valor mais baixo até então registrado é de -4,39% em 1981.
Para mitigar os efeitos da queda brusca do PIB, o Banco Mundial recomenda que os governos de cada país ajudem os mais vulneráveis. “Ao mesmo tempo, os governos terão que assumir o ônus de grande parte das perdas. Socializar as perdas pode exigir assumir participações em instituições do setor financeiro e empregadores estratégicos por meio da recapitalização. Esse suporte será essencial para preservar empregos e permitir uma recuperação”, apontou o relatório.
Para a região como um todo, incluindo os países caribenhos, é esperada uma retração de -4,6% em 2020. Humberto Lopes, vice-presidente interino do Banco Mundial para a região da América Latina e Caribe, mostra qual será o ponto de partida para enfrentar essa crise: “Precisamos ajudar as pessoas a enfrentar esses enormes desafios e garantir que os mercados financeiros e os empregadores possam enfrentar a tempestade. Isso significa limitar os danos e lançar as bases para a recuperação o mais rápido possível”, comentou.
A expectativa é que o Brasil retome o crescimento em 2021 e 2022 com projeções de 1,5% e 2,3%, respectivamente. Já para toda a região da América Latina e Caribe o crescimento deve ficar em 2,6% em 2021. Mas o próprio órgão adianta que essas previsões podem variar de acordo com a evolução da pandemia.
A íntegra do documento, em inglês, pode ser vista aqui:
https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/33555/9781464815706.pdf