
Com informações da CNN
A China divulgou nesta sexta-feira (17/04) que o seu Produto Interno Bruto (PIB) recuou 6,8% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. É o pior registro de um trimestre desde que o país começou a publicar os números, em 1992.
Os três principais motores de crescimento da China – gastos do consumidor, exportações e investimento em ativos fixos – teve forte queda quando grandes áreas do país foram bloqueadas no final de janeiro e início de fevereiro para conter a propagação do novo coronavírus. Os gastos com varejo caíram 19% no último trimestre, enquanto as exportações caíram mais de 13%. O investimento em ativos fixos caiu 16%.
A queda no consumo também reflete no aumento de pessoas desempregadas. O índice, calculado nas regiões urbanas, registrou 5,9% de aumento no desemprego no mês de março.
“A estabilidade no emprego pode se tornar a principal prioridade política para este ano”, disse Chaoping Zhu, estrategista de mercado na J.P. Morgan.
O relatório apresentado acende um sinal de alerta na Europa e nos EUA, já que somente nas últimas semanas é que essas duas regiões começaram a sentir todo o impacto da pandemia causada pelo coronavírus. O Banco Mundial prevê retração na economia em 2020 na América Latina e Caribe.
Contudo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que o crescimento será de 1,2% na China em 2020 e 9,2% em 2021.
Autoridades chinesas preferem adotar uma postura mais cautelosa em relação às projeções. “O coronavírus causou perdas econômicas na China e a atividade foi reprimida, mas pode ser desencadeada em 2021”, comentou Mao Shengyong, porta-voz do Departamento Nacional de Estatística da China.