
O Banco Central da China começou a testar sua moeda digital, chamada DCEP, semelhante ao Bitcoin – e o banco planeja lançar o sistema de pagamento em dinheiro virtual em breve.
O anúncio ocorre poucos dias depois que a Libra, criptomoeda apoiada pelo Facebook, reduziu suas ambições de se tornar uma moeda global. A China agora está tomando a dianteira na corrida pela tecnologia blockchain. Atualmente, a China está realizando testes-piloto internos para a DCEP em quatro cidades; no entanto, a criptomoeda ainda não foi lançada oficialmente, como informou a mídia estatal.
A DCEP será testada em uma pequena variedade de bancos e usuários finais. Depois disso será espalhada para uma faixa mais ampla, com certas melhorias em tecnologia e sistema. Mais tarde, também é provável que mais bancos participem do teste da DCEP para melhorar a tecnologia geral, a segurança e a estabilidade da ferramenta de pagamento, disse Chen Bo, diretor do Centro de Pesquisa Financeira do Instituto de Finanças e Economia da Universidade Central de Finanças e Economia.
“Haverá dois tipos de participantes em ensaios futuros, os bancos e as empresas de telecomunicações. Atualmente, o Banco Central está testando o software do DCEP, e precisa ser discutido se no futuro será combinado com cartões 5G e cartões SIM”, disse Chen.
O site de mídia social dos EUA, Facebook, também havia anunciado seus planos de lançar uma criptomoeda, chamada Libra, com lançamento previsto para 2020. No entanto, a moeda teve uma resposta morna no mercado doméstico, com reguladores e políticos dos EUA expressando preocupações sobre a viabilidade. A Índia também expressou reservas sobre criptomoedas em geral.
A China controla hoje cerca de 65% das operações de mineração de bitcoin, a criptomoeda mais popular nos mercados globais. Em tese, se uma economia tão grande quanto a da China dominar os mercados de criptomoedas e passar a operar corriqueiramente com tecnologia blockchain, isso poderia representar o fim da era do dólar no mercado internacional. É improvável, no entanto, que isso ocorra ainda nesta década.