
Com informações da Reuters e da Organização das Nações Unidas.
O Sars-CoV-2, que está causando a pandemia da Covid-19, foi detectado no maior campo de refugiados do mundo. Na porção sul de Bangladesh, país situado à leste da Índia, foi testado positivo o coronavírus em um refugiado da etnia rohingya e também em outra pessoa que trabalha na comunidade de acolhimento, na quinta-feira (14/04). Estima-se que 860 mil refugiados vivem no assentamento.
“Hoje (14/04) eles foram levados para um centro de isolamento depois de terem resultado positivos”, disse à Reuters por telefone Mahbub Alam Talukder, comissário de ajuda e repatriamento de refugiados.
Os Rohingya são uma minoria étnica que vivem, há séculos, em Mianmar. O governo nega a cidadania ao grupo, sendo forçados a se refugiarem na Malásia, Índia, Nepal, EUA e Bangladesh.
Shamim Jahan, Diretor de Saúde da Salvem as Crianças em Bangladesh, disse em comunicado que o vírus já dominou o país. “Agora que o vírus entrou no maior assentamento de refugiados do mundo, estamos analisando a perspectiva real de que milhares de pessoas podem morrer de COVID-19. Essa pandemia pode atrasar Bangladesh em décadas”.
Kerry Mcbroom, coordenadora de Gestão e Desenvolvimento de Campo da Organização Internacional para as Migrações (OIM), explicou sobre os desafios enfrentados com a confirmação de casos de coronavírus no assentamento.