
Com informações do Middle East Monitor e Der Spiegel.
O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, declarou nessa terça-feira (19/05) que vai se retirar de todos os acordos feitos com os EUA e Israel. A decisão foi tomada como resposta ao projeto israelense de anexar a Cisjordânia, contando com o apoio do país norte-americano.
“A Organização de Libertação da Palestina (OLP) e o estado da Palestina estão absolvidos, a partir de hoje, de todos os acordos e entendimentos com os governos estadunidense e israelense, e de todos os compromissos baseados nesses entendimentos e acordos, incluindo os de segurança”, disse Abbas durante uma reunião de emergência em Ramallah, centro da Cisjordânia.
A Cisjordânia é considerada importante tanto para os palestinos quanto para os israelenses. Os primeiros reivindicam a região por considerá-la como parte do futuro Estado da Palestina, enquanto os israelenses querem estender o domínio no local.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falou ao Knesset – o parlamento de Israel – junto com o novo governo de coalizão sobre querer realizar a expansão do território no mês de julho. “É hora de aplicar a lei israelense e escrever outro capítulo glorioso na história do sionismo”, disse.
O líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, comentou que a região deveria ser militarizada, como a Faixa de Gaza.
O rei da Jordânia, Abdullah II, reagiu à proposta israelense alertando que a ação pode levar a um “conflito massivo” entre os países, além de encerrar o acordo de paz de 1994 entre Israel e Jordânia.