
Com informações da BBC, Time, RawStory e New York Times.
O governo americano anunciou nesse domingo (31/05) que decidiu, de forma unilateral, trazer de volta a Rússia para o encontro do G7. A presença do país asiático está suspensa desde 2014 em resposta à anexação da Criméia em março do mesmo ano.
Donald Trump, a bordo do Força Aérea Um (o avião presidencial), disse a repórteres que ele planeja discutir a inclusão de outros países. “Não acho que o G7 represente adequadamente o que está acontecendo no mundo”, disse Trump, de acordo com diversos veículos de imprensa. “É um grupo de países muito desatualizado”.
A ideia do mandatário estadunidense é também estender o convite à Coreia do Sul, Austrália e Índia.
Contudo, Reino Unido e Canadá já advertiram que não suportam a ideia de trazer de volta a Rússia, retornando ao original G8. “A Rússia foi excluída do G7 depois que invadiu a Crimeia há alguns anos, e seu contínuo desrespeito de regras e normas internacionais é o motivo pelo qual permanece fora do G7 e continuará fora”, comentou o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, em uma entrevista coletiva.
Um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que o líder europeu vetará qualquer tentativa de retorno da Rússia enquanto não cessar “atividades agressivas e desestabilizantes”.
Angela Merkel, chanceler alemã, adiantou no sábado (30/05) que não irá participar pessoalmente do encontro. Somente se a situação da pandemia for resolvida até a data marcada para o encontro anual do grupo, que foi adiado para setembro.
A cúpula do G7, que os EUA sediam este ano, convoca os líderes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido para discutir questões de cooperação. Os chefes de estado desses países se reúnem anualmente em cúpulas para discutir questões de governança global, incluindo mudanças climáticas, segurança e economia.