
Com informação da Inforel.
A Câmara de Exportadores da República Argentina (CERA) publicou um relatório na segunda-feira (01/06) onde consta que a China tornou-se o principal parceiro comercial do país sul-americano em abril de 2020.
O comércio bilateral gerou um superávit para os argentinos no valor de US$ 98 milhões. Foi o primeiro registro positivo no balanço comercial com a potência asiática depois de seguidos déficits entre janeiro e março.
A importação de produtos chineses somou US$ 411 milhões em abril, sendo US$ 61 milhões a menos que em março, o que representou uma queda interanual de 40,3%. A análise da CERA mostrou que as importações chinesas sofreram um forte retrocesso desde o início deste ano. Em janeiro somaram US$ 750 milhões e fevereiro alcançaram US$ 580 milhões. No ano passado oscilaram entre US$ 616 milhões e US$ 950 milhões mensais.
As exportações de produtos argentinos para a China, por outro lado, chegaram aos US$ 509 milhões em abril e registraram aumento de 50,6% interanual. Essas remessas experimentaram uma forte recuperação contra os US$ 225 milhões de março, os US$ 195 milhões de fevereiro e os US$ 282 milhões de janeiro.
Entre os principais itens exportados para a China, destaque para o feijão de soja (52% do total de vendas); carne congelada e desossada (29%); camarão (8%); gorduras e óleos animais ou vegetais (6%).
O órgão detalhou que em abril a China foi o primeiro parceiro comercial da Argentina ao deslocar o Brasil para o segundo lugar, com 11,7% do total de vendas – em março a participação foi de 5,1%, com 14,1% de importações; o mês anterior foi de 14,9%. Essa situação também refletiu o colapso do câmbio comercial entre Argentina e Brasil, de 44,7% em relação ao ano anterior.