
Com informações da CNN e Middle East Monitor.
Benny Gantz, ministro da defesa de Israel, pediu ao exército do seu país que comece os preparativos para realizar ações na Cisjordânia. O comunicado alimenta a possibilidade de que o governo israelense anexará partes da região nas próximas semanas.
Em uma declaração na tarde de segunda-feira (01/06), Gantz disse que havia instruído o chefe das Forças de Defesa de Israel (IDF, acrônimo em inglês) “a acelerar seus preparativos antes dos passos políticos na agenda da arena palestina”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fez campanha nas três eleições recentes com a promessa de ampliar o alcance da soberania israelense em partes da Cisjordânia, terra capturada por Israel em 1967. O chefe de estado disse ao Knesset – parlamento israelense – que “é hora de aplicar a lei israelense e escrever outro capítulo glorioso na história do sionismo”.
Por outro lado, a posição de Gantz nas eleições era contra a anexação unilateral – ele disse que acreditava que esse movimento só deveria acontecer com o apoio da comunidade internacional.
O coordenador de políticas internacionais da União Europeia, Josep Borrell. falou que não irá reconhecer a anexação caso seja realizada.
“O direito internacional é um pilar fundamental da ordem internacional baseada em regras. A esse respeito, a UE e seus estados-membros lembram que não reconhecerão nenhuma mudança nas fronteiras de 1967, a menos que acordado por israelenses e palestinos”, disse Borrell, acrescentando: “A solução de dois estados, com Jerusalém como a capital futura de ambos estados, é a única maneira de garantir paz e estabilidade sustentáveis na região”.
O Departamento de Estado dos EUA emitiu um alerta de segurança recomendando aos cidadãos americanos que visitam a Cisjordânia que “a violência pode ocorrer com pouco ou nenhum aviso, visando locais turísticos, centros de transporte, postos de controle do governo, mercados e estabelecimentos comerciais ou instalações governamentais”.