
Com informações do The Guardian.
Líderes europeus firmaram um acordo, nesta terça-feira (21/07), para criar um fundo na ordem de €750 bilhões para recuperar a economia, devastada pela crise e pela pandemia da Covid-19.
Os 27 chefes de estado e de governo finalmente deram seu selo de aprovação a um plano para que a União Europeia emprestasse verbas, através de doações, em uma escala sem precedentes, em face de uma crise econômica não vista desde a Grande Depressão.
O anúncio veio por meio do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que liderou os debates na sede do bloco em Bruxelas, capital da Bélgica.
O euro subiu contra o dólar para US$ 1,145. O presidente da França, Emmanuel Macron, descreveu como um “dia histórico para a Europa”.
Ursula von der Leyen, presidente da comissão europeia, disse que as negociações, com duração de mais de 90 horas, valeram a pena, e que a União Europeia não poderia ser acusada desta vez de fazer “muito pouco, muito tarde”.
O ponto crítico do debate veio com a proposição de países como Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca de que o acordo de recuperação fosse reduzido do plano original de €500 bilhões em doações para €350 bilhões, para a evidente frustração de Macron e da chanceler alemã, Angela Merkel.
O avanço seguiu com uma nova proposta de Michel para a UE de pagar €390 bilhões em doações e €360 bilhões em empréstimos do novo fundo de reconstrução econômica, recebendo finalmente o apoio unânime necessário.
O mecanismo de recuperação, o principal estímulo econômico à recessão do coronavírus, visa ajudar também a financiar a transição do bloco para uma economia de emissão zero de carbono até 2050, mas ambientalistas criticaram a imprecisão dessa promessa. Um fundo específico para ajudar os países a abandonar o carvão viu seu orçamento cair para 17,5 bilhões de euros, ante os 37,5 bilhões de euros propostos.